05 May 2019 12:31
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<h1>Por Que O Brasil Ainda Não Tem Mestrado E Doutorado A Distância?</h1>
<p>Uma enredo de experiências. A alguns dias de completar um ano da minha Defesa de Doutorado, terminei me inspirando a digitar um post mais pessoal. Resolvi discutir um pouco sobre isso como eu vejo a Pós-graduação. Apesar do tom pessoal, o que descrevo é um apanhado de experiências, não só minhas, todavia de todos os demais pós-graduandos com quem convivi nesses anos. Aconselho a leitura àqueles que estão vivendo a experiência da pós, no entanto assim como àqueles indecisos, sobre seguir ou não este caminho.</p>
<p>A pós-graduação a toda a hora foi o rumo natural pra mim, que tinha como propósito de carreira virar professora universitária. Logo eu nunca cogitei SE faria ou não mestrado ou doutorado, as coisas foram simplesmente acontecendo. Entendo que essa história é comum pra muita gente; gente que, como eu, não avenida outra probabilidade.</p>
<p>A minha ideia de pós-graduação era pela época bem diferenciado da que tenho hoje. Eu não tinha a tamanho dos desafios! Sabia que não era qualquer coisa acessível e nunca tive pânico de trabalhar, contudo não enxergava o abismo entre o que estava por vir e o meu (des-)preparo. Pela minha experiência (de quem optou na pós e não caiu no mercado de trabalho recém-graduada), a pós exige muito de quem faz: muito pelo imaginário que temos dela e outro em tão alto grau pelas coisas erradas na sua estrutura. Antes eu pensava que essa imposição se resumia à disciplina, persistência, interesse pessoal.</p>
<p>Agora eu imagino que por melhor aluna ou aluno que você seja, há muitos outros estilos que determinam o sucesso do seu trabalho na pós. Coisas como infraestrutura, financiamento, engajamento docente, networking, formalidades e burocracia algumas vezes valem mais do que a tua interessante-vontade. Eu vi pessoas abdicarem da vida além do projeto, vi A Diferença Entre Negociar, Vender E Comprar , vi algumas gastrites surgirem, insônias, até síndrome do pânico. Vi pessoas terem de trocar de orientador, vi disputas homéricas entre alunos e professores, vi orientadores falecerem antes da defesa.</p>
<p>Vi muita gente sem bolsa tendo que trabalhar 40h por semana e introduzir o doutorado (quando?), vi gente com bolsa que achava que era pago pra sentar pela cantina e falar a respeito da procura que não existia. Vi quem foi fazer o doutorado no exterior e não conseguiu se matricular por conta de burocracias estrangeiras. Vi e vivi muitas histórias!</p>
<ul>
<li>Geração educacional/ acadêmica - Academic/ Educational background</li>
<li>4 Mídias sociais</li>
<li>4 Poder da avaliação</li>
<li>2 Organização do ensino essencial</li>
</ul>
<p>Após tudo isto, eu não saberia dizer se a pós é mais complicado que um serviço no mercado, ou se as crises psicológicas todas que acompanhei não aconteceriam, caso a pessoa trabalhasse numa corporação. Não pretendo comparar desafios ou apoiar mimimis. UFRJ Lança Edital Para Mestrado Profissional Em História No Próximo Semestre isto saúde mental na pós, eu coloquei uma série de estatísticas que apontam um grande número de pós-graduandos sofrendo com distúrbios psicológicos. Dicas E Comentários De Português Pra Provas Da VUNESP GEN Jurídico , isto existe de fato, não é frescura e não podes mais ser negligenciado.</p>
<p>Perceber isso e enxergar isto acontecendo ao meu redor foi um ponto de inflexão, a perda da minha imagem inofensivo sobre a pós, o término de todo o romantismo em redor do trabalho intelectual. Na minha opinião, ainda é tão custoso apresentar dos impactos psicológicos da pós-graduação no Brasil na visão que a nação tem a respeito de ela.</p>
<p>As pessoas que não realizam pós-graduação, que não conhecem a prática da pesquisa universitária, dificilmente entendem isso como um serviço ou enxergam o pós-graduando como enxergam o funcionário da corporação. A dicotomia entre preparar-se vs. → Quem é Kalebe Dionísio? , doutorandos são pesquisadores com contrato assinado; eles têm todos os benefícios de um trabalhador não acadêmico, com direito a férias e seguro desemprego.</p>
<p>Se recebem bolsa, firmam um contrato de trabalho com o Instituto, no qual fica especificado que o pagamento é feito por uma organização de fomento, todavia as responsabilidades e os proveitos são aproximadamente os mesmos. Em geral, o procedimento para adquirir a bolsa é estruturado em conjunto com a faculdade e não independentemente pelo candidato.</p>
<p>O salário não é grande, mas os benefícios asseguram que o pós-graduando seja visto como um funcionário acumulando anos de serviço. No Brasil, bolsista não tem carteira assinada. Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado, ou Casa Médica, por exemplo, não contam como anos trabalhados! Assim a principal estratégia de sobrevivência é, na minha avaliação, aceitar a pós-graduação como um serviço e vender essa imagem!</p>